terça-feira, 28 de maio de 2013

[Sobre] 007 Marcado para a Morte (The Living Daylights) - 1987

Esse foi um filme que trouxe uma nova propósta para o personagem James Bond, assim como um novo ator. Falo aqui sobre 007 Marcado para a Morte, estréia de Timothy Dalton como 007.



Antes do Filme
Timothy Dalton já havia sido cotado para Substituir Sean Connery depois de Só se vive duas Vezes, mas o próprio ator se achou muito novo para viver um papel como esse. O Tempo passou, e depois do fracasso de George Lazenby, o retorno de Connery, e o sucesso de Roger Moore, Dalton é convocado para dar prosseguimento ao personagem.

E Lá vamos nós

Dalton inicia sua curta jornada como James Bond nos cinemas, e como o próprio poster do filme dizia, o novo 007 agora vive no limite! Na época de Aids, JB agora se torna menos promiscuo. Isso trás pequenos problemas ao personagem pois vemos um Bond menos sedutor, e acaba se tornando muito mais aquele cara legal, que vai levar as mulheres ao parque e faze-las rirem, e assim, conquistar o coração delas (o.O). Mas isso é tolerado, pelo menos por mim...

O Roteiro do filme foi baseado no conto The Living Daylights (que aqui no Brasil chegou como Encontro em Berlim). Na história, Bond tem ajudar o agente da KGB, General Koskov, a fugir e desertar, mas Koskov está na mira de um atirador que Bond descobre ser uma mulher, a qual ele viu antes. Logo depois disso, Koskov informa para o MI6 que a Smert Spionam (Morte aos Espiões), antiga política da KGB, foi reativada pelo General Leonid Pushkin, seu novo chefe. Mas Bond desconfia de toda essa história

O Filme ao todo alterna entre a ação com alguns pequenos elementos "Roger Moore" (como a cena do gelo, onde Bond e Kara esquiam com a maleta do violoncelo) e entre uma pegada mais realista, se levarmos em consideração os filmes anteriores. Mas o que mais notamos é o estilo de filme de ação anos 80. O Exemplo maior que posso dar, é Rambo, filme oitentista de ação com Sylvester Stallone. Em alguns momentos, podemos perceber similaridades e elementos do filme com o clássico de Stallone.

E o publico não gostou...

Ele não foi muito bem recebido pelo publico. Depois de Roger Moore sair, ele que foi marcante para muitos, um novo JB, que não saia "pegando todas", que tem um chame mais timido do que galã, menos ironico, entre outras coisas controversas, não agradou em nada quem esperava ver um bond "Macho Alfa".
Maryam D'abon...fiquei apaixonado...
A Bondgirl do filme foi fortemente criticada. Maryam D'abo (interpretando Kara Milovy), acreditem se quiser, é uma das minhas Bondgirls preferidas. Ela não tem aquela beleza estonteante que se espera em uma mulher que acompanhe Bond em suas aventuras, mas ela tem uma beleza natural (lembrando que isso é oque eu acho). Foi uma aposta que não deu certo. Para quem estava acostumado a belas mulheres, ter um filme com só uma Bondgirl, e ela não ser um "mulherão", foi mais uma coisa que não agradou em nada o publico...
Cena de ação inicial do filme. Muito Boa!
Mais ao contrário do que muitos pensam o filme é bom, e tem tudo haver com a época, que em alguns pontos, não foi favorável para o personagem, mas se assistirmos pensando que é uma versão de Bond 80 anos, não ligamos muito se ele perde a essência clássica em alguns sentidos. Todo o roteiro, cenas de ação, Gadgets e tudo o que vemos, é muito 007!

A Trilha Sonora

Depois do grande Duran Duran compor a trilha de 007 Na Mira dos Assassinos (1985), a proxima banda Pop escolhida da época foi A-ha. O tema do filme, a música The Living Daylights foi um sucesso, chegando ao #5 lugar na Inglaterra, segundo a Official Charts Company. Mas, a coisa nem foi tão boa assim. John Barry, grande compositor de toda a série de 007, criador do tema clássico e de todas as trilhas até 1989, teve muitas brigas com a banda por causa do arranjo da musica, e até chegou a compara-los a jovens da juventude nazista!

Abertura do Filme
A Abertura abusa de imagens e efeitos que remetem muito aos anos 80, alem da musica, que é o tipo de musica que não tem como confundir: É Anos 80!


Musica presente no filme, feita pela banda The Pretenders, que é usada como base para musicas instrumentais durante o filme, como a trilha da cena de luta no avião entre Bond e Necros. Se vocês repararem, sempre que o vilão Necros está com o fone de ouvido escutando uma musica (como na cena da invasão a mansão Bladen e a morte de Saunders) a musica que ele está a ouvir é essa.


Conclusão
Termino esse post afirmando: Se você achou que Dalton foi um Bond ruim, deveria repensar, pois ele apenas foi "azarado", pois a época não colaborou, e a nova propósta foi estranhada por muitos, mas se encaixou perfeitamente para ele, pois seus filmes eram mais "sérios". Resumindo: Ele foi o que Daniel Craig (que hoje voltou as origens) foi no começo, um Bond diferente, mas ainda sim, James Bond.



Ficha Tecnica
Título original: The Living Daylights
Duração: 131 min
Ano de lançamento: 1987
Estúdio: Danjaq Productions / EON
Distribuidora: United Artists
Direção: John Glen
Roteiro: Richard Maibaum e Michael G. Wilson, baseado em livro de Ian Fleming
Produção: Albert R. Broccoli e Michael G. Wilson
Música: John Barry
Fotografia: Alec Mills
Direção de arte: Terry Ackland-Snow
Edição: Peter Davies e John Grover

Elenco
Timothy Dalton (James Bond)
Maryam d’Abo (Kara Milovy)
Joe Don Baker (Brad Whitaker)
Art Malik (Kamran Shah)
John Rhys-Davies (General Leonid Pushkin)
Andreas Wisniewski (Necros)
Thomas Wheatley (Saunders)
Desmond Llewelyn (Q)
Robert Brown (M)
Geoffrey Keen (Ministro da Defesa)
Walter Gotell (General Anatol Gogol)
Caroline Bliss (Miss Moneypenny)
John Terry (Felix Leiter)
Frederick Warder (004)
Jeroen Krabbé (General Georgi Koskov)
Glyn Baker (002)

Trailer


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